Cadeira nº 18
Nasceu em um lugarejo conhecido como “Chaves”, próximo a cidade de Nossa Senhora do Livramento, Mato Grosso, aos 20 (vinte) de abril do ano de 1900 (um mil e novecentos).
Casou-se com Maria Agripina de Almeida, em 26/12/1925, com quem teve 11 (onze) filhos naturais e 01 (uma) filha adotiva, sendo 09 (nove) mulheres e 03 (três) homens: Ana Rita de Almeida – seguiu a profissão do pai; Armindo Monteiro de Almeida – falecido; Maria Auxiliadora Monteiro de Almeida; Clarice Monteiro de Almeida – falecida; José Monteiro de Almeida – falecido; Carlos Monteiro de Almeida – falecido; Josefina Monteiro de Almeida – falecida; Rita Monteiro de Almeida; Benedita Monteiro de Almeida; Carmem Monteiro de Almeida; Cecilia Monteiro de Almeida; Adir Dias da Silva – filha de adotiva.
Residiu com a família na Rua Senador Metelo, próximo a Casa do Artesão, Bairro Porto, Cuiabá/MT.
Em 1910, depois de concluído o curso primário, na companhia de um casal livramentense veio para Cuiabá com objetivo de continuar os estudos.
Em 1911, retornou a Livramento prestando serviços de “caixeiro vendedor” em casa de comércio e de tipógrafo no Jornal “A Cruz”.
Em 1912 foi para o Seminário Franciscano (Cuiabá e Cáceres) lá permanecendo até 1.918, quando imprescindível seu retorno no intuito de auxiliar a família, já residentes em Cuiabá.
Em setembro de 1918, por indicação de um parente foi trabalhar como caixeiro na empresa CASA ESTRELA (Boabaid & Irmão), todavia, como já apresentava um bom grau de instrução e de cultura, adquiridos no seminário, passou a auxiliar nas folgas do balcão o guarda-livros e, ali, iniciou sua vivência com a contabilidade.
Em 1920 já dominava escrituração dos livros auxiliares, razão e diário, por isso foi convidado a auxiliar o guarda-livros de uma das maiores e mais importante empresa da época, Empresa Fluvial Corumbaense Limitada.
Em 1925 já contava com algumas empresas menores sob sua responsabilidade técnica, porque empregava todo tempo lendo e acompanhando a legislação.
Em 1933, através da regulamentação do Decreto nº 21.033 de 1932, teve oficializada sua profissão de Guarda-livros, cuja carteira profissional datada de 23/10/1933, sob nº 52, série 7ª, ensejou o seu registro no Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso sob nº 10 em 10/01/1948, momento em que proferiu a seguinte frase, “não me fizera um dos homens mais sábios do mundo, mas tornei-me um cidadão útil à sociedade, dentro das possibilidades”.
E no dia 12 de dezembro de 1938, participou da Sessão Ordinária do Sindicato dos Contadores e Guarda-livros de Cuiabá, Estado de Mato Grosso, na qual foi admitido como sócio, e de 1939/1940 exerceu o cargo de secretário do Sindicato. Cabe ressaltar que esse Sindicato foi fundado em 16 de setembro de 1937, com a denominação de “SYNDICATO DE CONTADORES E GUARDA-LIVROS”.
No ápice da sua atividade profissional, foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Mato Grosso, período de Maio/1956 a Dezembro/1958.
Ocupou vários cargos de destaque tais como: Militante da União Operária de Mato Grosso; Assistente do Superintendente do INDA/MT (Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário); Membro fundador da Liga do Bom Jesus (1935/38); Membro da Legião de Maria Igreja São Gonçalo);
Na década de 50 eleito Vereador por Cuiabá, exerceu a Presidência da Câmara de Vereadores no período 1951 à 1953, destacando-se por relevantes projetos apresentados, entre os quais: a “Nova redação ao Regimento Interno”; que “Autoriza a contratação de Peritos junto ao Sindicato dos Contabilistas de Cuiabá, para fazerem um levantamento da atual situação patrimonial e financeira do Muncípio”; que “Dá isenção de impostos de Diversões Públicas, ao circo “Teatro Bacute”; que “Faz doação ao Oratório Festivo do Asilo Santa Rita”; que “Autoriza isenção de impostos sobre diversões Públicas para o programa Domingo Festivo da Cidade”; que “Autoriza isenção de imposto sobre diversões Públicas para o programa Show Americano”, e tantos outros caracterizadores da sua atividade incansável em prol da sociedade.
Responsável pela criação de outros Sindicatos e Associações, tendo integrado equipes responsáveis por alguns projetos de colonização no Estado de Mato Grosso, a exemplo o de Dourados, hoje Mato Grosso do Sul.
Não cursou faculdade, mas notoriamente autodidata, era insaciável na busca de conhecimentos, tanto que, ainda, quando bem jovem adquiriu uma “obra do Padre Antônio Vieira”, lendo-a e relendo-a a ponto de transformar-se em bom escritor, escrevendo artigos para os jornais da época “A Cruz” e “Folha Mato-grossense”, além de discursos para políticos, e destacando-se como um grande tribuno.
Homem extremamente voltado para o social, não amealhou riquezas materiais, mas atendia e ajudava todos que o procuravam, comprometido com os menos favorecidos da sorte, sempre com uma palavra de conforto a esses dirigida, nele imperando fortíssima convicção religiosa.
Aposentou-se por idade aos (70 anos), como Servidor Público no INDA/MT, e faleceu em 21/05/76 aos 76 anos de idade.
Sua trajetória de vida foi marcada pelo amor a Deus, amor ao trabalho à família e amor ao próximo.
Em reconhecimento ao seu espirito público, 02 (dois) logradouros em Cuiabá levam seu nome: a Rua Severiano Benedito de Almeida, no Bairro Carumbé e a Rua Severiano Benedito de Almeida, no Bairro Porto.
Conforme o Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro – 1891 a 1940 – PR_SOR_00165_313394, em Cuiabá/MT, eram Guarda-Livros: Acindino Brasil, na Rua Batista das Neves, Hildebrando de Matos na Rua Pedro Celestino e Severiano Benedito de Almeida na Rua Senador Metelo.
Grande homem!! Orgulho de ser sua neta!
Puxa que triste saber sobre o Adalto.
Fomos alunos mesma turma no Senai de Santo André em 1978 a 1980 ele era o mais velho eu o segundo na turma.
Perdemos o contato e vi a matéria.
Meus sentimentos.
Grande honra de ser sua tatara-neta, eh maravilhoso conhecer a história da nossa família
Sim, grande homem! Só nós deixou bons exemplos. Amor, dignidade, humildade e maior de todos a fé em Jesus Cristo.