Academia Mato-Grossense
de Ciências Contábeis

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Deus chamou ao solo firme: terra.

O ativo imobilizado na contabilidade.

Gênesis (1-10)

 

 

Deus criou o céu e a terra, esta deserta e vazia, e no céu ventos.

Ventos sobre as águas, juntadas, unidas e o solo firme: a terra!

Registrada na Contabilidade, no “não circulante”: os investimentos…

Plantas, com sementes reprodutoras, árvores em terra plana e serras.

 

Criou os peixes nas águas; na terra – selvagens e domésticos – os animais.

A reprodução das sementes das plantas e dos animais: a agricultura!

Hoje na Contabilidade do Agronegócio são registrados os bens iguais…

No ativo “circulante” e no ativo “não circulante” estando “in natura”.

 

Do Jardim de Éden nascia um rio e em quatro braços era a divisão,

Banhava o país de Hévila onde havia pedras preciosas e ouro,

Ambos, contabilizados em mercadorias no circulante, como o são,

Transformados em joias para vendas, para presentes: um tesouro!

 

Abraão em sua tenda orientou Sara a pegar farinha e pão fazer.

Industrialização e transformação da farinha de origem agrícola,

Registrados na Contabilidade Rural, e com um bezerro a cozer…

Ao Deus, com coalhada e leite, ofereceu a refeição: uma pérola!

 

Exarado em Genesis: no Egito, os estoques contábeis do trigo.

A excelente superprodução ocorrida em sete anos de fartura!

Tais bens foram então armazenados nas cidades por José do Egito.

Considerando a quantidade como as areias do mar, uma belezura!

 

Em Deuteronômio, a remissão das dívidas, obrigações aos credores.

Registradas, pois, no passivo circulante consistiam nos empréstimos.

Esse perdão ocorria a cada sete anos liberando os devedores…

Contabilizando esses efeitos no patrimônio como decréscimos.

 

Posses e rendas – bens e receitas – do Rei Salomão eram incontáveis,

Quatro mil manjedouras e cavalos com seus de carros e cavalos de selas,

Madeira de cedro, cipreste; trigo e óleo bruto, bens não alienáveis.

Formavam o ativo circulante e o não circulante – as titelas…

 

Bens preciosos consagrados por Davi: prata, ouro e utensílios…

Colocados foram no templo do Senhor com mesa e altar de ouro.

Salomão recebeu presentes: muitas pedras preciosas e eflúvios,

De Hirão, Rainha de Sabá: patrimônio para o reinado vindouro!

 

Jó era um homem temente a Deus, o mais rico dentre os orientais.

Formavam a parte positiva de seu patrimônio: ovelhas eram sete mil,

Três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas mais.

Tempos passados os bens foram dissipados: de acreditar muito difícil!

 

Mantendo sua fé no Senhor, em dobro seus bens foram restabelecidos.

De sete para quatorze mil ovelhas, de três para seis mil camelos,

De quinhentas para mil jumentas e de quinhentas para mil juntas de bois…

Passou a ser seu novo patrimônio, seu ativo, seus bens, todos belos.

 

Mateus compara o Reino dos céus com um rei contas a um servo ajustar.

Eram direitos de dez mil talentos classificados no ativo circulante…

Determinada sua venda e dos bens, pois ele não tinha como pagar;

Prostrado ao chão, suplicou prazo; sendo perdoada a dívida gigante.

 

Para Lucas, numa parábola Jesus diz ser necessário orçamento…

Destinado a fazer uma construção, e com os alicerces lançado…

Deve ter numerário suficiente para concluir a obra, sem tormento,

Ou seja, com disponibilidades tais para ser, enfim, abençoado!

 

Noutra passagem Jesus disse a seus discípulos haver um homem rico,

Cujo administrador foi denunciado por dissipar do patrão os bens.

Foi pedida a prestação de contas: débitos e créditos com histórico.

Relatando, alterou registros de valores a receber nas mensagens!

 

Paulo em sua Epístola aos Romanos cita: Em Deus teve fé Abraão,

E lhe foi creditado como justiça. Complementa: o salário é dívida,

E não uma gratificação. Isto lançado na contabilidade como obrigação,

Pois feito o trabalho pelo empregado a remuneração é devida!

 

Ivan Echeverria / Cuiabá-MT

 

Publicado nas páginas 149/150.